sábado, 27 de junho de 2015

Sabacu no sistema de Comunicação! Ari Areia na roda de conversa "Quem é o Público: dialogo sobre formação de plateia"

"Muito legal ouvir os relatos de vocês, a relação que vocês criaram com o público no entorno do espaço que vocês escolheram para existir. 
A contribuição que eu posso dar, dentro dessa construção de pensamento, é a minha experiência como comunicador. Eu acho que o ator também é um comunicador, pensando o teatro como um canal de transmissão de algo que o artista quer dizer, assim como a arte em si. 

Pensando o teatro como arte, que também é canal de comunicação.  As pessoas querem ver! Elas estão dispostas a assistir. Quando a gente pensa isso, a gente tira aquele pensamento de que tem pouca gente na plateia porque Fortaleza tem pouco público para teatro. 

Acho que a grande questão é como fazer as pessoas saberem que aquilo está acontecendo, desde você sair em cortejo nas ruas do bairro para alarmar e mostrar que hoje vai ter, ou ir de casa em casa, enfim... Como fazer as pessoas saberem que vai acontecer? 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

DESFORMAÇÃO DE PLATEIA - Altemar Di Monteiro - Roda de conversa: Publico - Dialogo sobre formação de plateia

Eu sou um entusiasta do Sabacu, 

acho que tem uma potencia poética muito singular, inclusive pelo titulo do evento: Sabacu da arte no sistema. 
De fato, esses sabacus podem ser dados no sistema de outra forma, dependendo da forma como a gente pensa o sistema, e da forma como a gente vai lutar contra ele, que não é o habitual. 

Então existe uma singularidade poética que suscita já uma novidade, uma forma diferenciada de pensar. Quando eu fui convidado para esse dialogo sobre público: dialogo sobre formação de plateia, e fiquei muito feliz porque é uma oportunidade da gente pensar como dar um sabacu da arte no sistema junto com o publico. Quem é esse público?

Eu fiquei pensando numa questão que é a última e que pode ser a primeira: quantidade não é qualidade. Por exemplo, o que nós, que somos oito significamos enquanto potencia de construção deste sabacu?  E esse exemplo, de estarmos nós oito aqui, já é um modelo para pensarmos o que significa formação de plateia, e com quem é que a gente quer dialogar, eu acho que é do pequeno, do não-hegemônico, que a gente consegue construir, de fato, outras estruturas. Eu fui recentemente assistir ao show da Ivete e do Criolo, e eu passei um tempão percebendo a quantidade de gente que tinha ali, tinha muita gente. Tinha uma galera enorme que curtia a Ivete e uma galera menor que curtia o Criolo, porque ele é menos conhecido, mas houve ali um encontro entre as duas tribos, uma tribo gigante que gosta da Ivete Sangalo e uma tribo nova que está tateando o que é o Criolo e o que ele significa. Eu fico pensando em que canto a gente está, num exemplo bem rasteiro. Nós somos Criolo ou somos Ivete? 
Para que a gente possa ir começando a pensar com que tipo de público a gente está falando, qual a quantidade desse público, qual a qualidade dele, quando eu digo qualidade não é dizer se é bom ou se é ruim, mas em que espécie ele se localiza nessa sociedade explosiva de consumo em que a gente vive, onde tem tanta coisa pra se ver. Então, nós estamos falando de um outro público, de uma outra plateia, de uma outra formação de plateia, que importa a gente localizar isso, senão a gente vai estar o tempo todo reproduzindo um discurso de Sistema. Onde o que importa é a quantidade e não a qualidade. È importante a gente pensar como a gente pode construir poeticamente esses sabacus. E pensar na gente como uma potencia de um grupo de oito pessoas dialogando sobre um tema de interesse comum. De antemão eu pensei nas palavras chave desse titulo: PUBLICO: DIALOGO SOBRE FORMAÇÃO DE PLATEIA. São quatro palavras muito importantes.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A poesia marginal invadindo a comunidade - Edvaldo Ferrer fala sobre a experiência do Sarau Vai dar certo





"Falando sobre o Vai dar certo. 
No inicio quando a gente começou a ideia da residência era hospedagem coletiva, exposição de quadros e outras coisas de outros artistas. E trazer pessoas de outros lugares. Resolvemos fazer um sarau e a ideia do sarau era fazer com a galera daqui, porque tinha uma galera que já estava colando junto que era a galera do Coletivo do saber, molecada que escreve e tal, e já frequentavam a residência.  De inicio o sarau acontecia dentro da residência , mas antes do sarau a gente fez um cine club. Fizemos uma sessão, convidamos os vizinhos e rolou uma galera legal, mas a gente pensou que antes do sarau a gente tinha que realizar um outro projeto e esse projeto vai expandir o alcance. E foi ai que nós pensamos o trilha das artes, nesse processo de trazer pessoas de outras cidades. O artista de rua de Recife entrava em contato com a gente e ficava hospedado na residência e ministrava uma oficina de, malabares, por exemplo. Dai veio um cara de são Paulo e ele fez em cada ponto de uma rua um grafiti. Ai nós fomos mapeando de um graffiti ao outro. E aos poucos a gente foi construindo essa trilha de grafiti, de escrita urbana, estêncil, performances, enfim e todas essas artes elas faziam uma trilha que dava na residência. 

domingo, 21 de junho de 2015

quem é o público? por Higor Fernandes - primeira roda de conversa do sabacu 2015

"Quem é publico?



O publico daqui são as donas de casa, 
os tios que jogam dominó nas calçadas, 
são as crianças que brincam de bila na calçada, 
no meio da rua, são os carros que param quando alguma coisa acontece. 

O publico aqui gosta do estrago. 
Então se ele ouve um papoco ele vai, agora se este papoco vai ser bala, vai ser fogos de artificio ou ai ser um grupo de teatro com um cortejo batucando, não importa, vai ter pessoas para ver. 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Cavalo marinho e preparação de atores no sabacu, bó?


Dança-teatro e o feminino


Viver Maracatu no Sabacu!


Vivencia pratica de saberes da cultura popular e tradicional em três momentos, demonstração e jogos lúdicos, individual, em dupla e em grupo e apresentação em cortejo.

O Oficineiro:

Sou ator, figurinista e artesão. Sou estudante do curso de Licenciatura em Teatro, fiz o curso de figurino do Porto Iracema das Artes, mas como artesão não possuo nenhuma formação, no entanto possuo uma sensibilidade para transformar as coisas, principalmente no que diz respeito a reciclagem e reaproveitamento de materiais.

Seu maior desafio enquanto artista:

Encontrar espaços, locais, lugares para realizar atividades e conseguir a contrapartida, ser valorizado, reconhecido e ter o ressarcimento necessário para continuar levando e desenvolvendo a cultura...




Cultura e arte
Nos por nós
Em toda parte!

Vivencia Abayomi no Sabacu. Bó?


A oficina tem como objetivo a construção de bonecas Abayomi na perspectiva de fortalecimento das relações étnicas raciais a partir do lúdico, além do reconhecimento da cultura afro-brasileira. No decorrer da oficina será contado historias e lendas relacionadas a tradição Afro, e será estimulado que os participantes da oficna também contem historias ou fatos pessoais que se relacionem ao assunto.

Sobre o Oficineiro:
Sou ator, figurinista e artesão. Sou estudante do curso de Licenciatura em Teatro, fiz o curso de figurino do Porto Iracema das Artes, mas como artesão não possuo nenhuma formação, no entanto possuo uma sensibilidade para transformar as coisas, principalmente no que diz respeito a reciclagem e reaproveitamento de materiais.

O principal desafio dele enquanto artista é viver de e para arte numa sociedade que não da valor (de um modo geral) a atividades culturais.